domingo, 21 de novembro de 2010

Je ne sais pas.

Não há nada que você possa fazer que não possa ser feito.Não existe nada que você possa escrever que não possa ser escrito. Não há nada que você possa cantar que não possa ser cantado.Não, este não é um texto de auto ajuda. As probabilidades são irrelevantes, somos pessoas e não cálculos matemáticos, portanto é dispensável pensá-las e ceder ao medo do fracasso.

Desisti de entender o ser humano há muito tempo, pois a natureza humana em si é indefinível, e, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Entender o nada ao meu ver parace burrice, ou não? A partir disso, só depois será algo, e será tal como a si próprio se fizer. E só se fará dentro de “um mundo” próprio de escolhas, e esse eu realmente não tento compreender. Uma amiga das horas de intimidade,Clarisse Lispector, me disse outro dia:



- Tome o maior cuidado de não entendê-lo. Sendo impossível entendê-lo, saiba que se o entender é porque está errando.

A parte do que disse Lis, creio que o devagar acerca e o fazer não devem andar tão juntos. Talvez seja uma boa idéia trocar o "penso, logo existo" pelo "sinto, logo sou." Portanto, não vejo motivos para correntes e amarras, nem mesmo se forem de idéias. Não há nada que você possa fazer que não possa ser feito.Não existe nada que você possa escrever que não possa ser escrito. Não há nada que você possa cantar que não possa ser cantado.

Talvez tudo que você precise seja amor, ou apenas uma dose de Vodka, ou duas...

4 comentários:

  1. Gostei =)


    ps: vamo começar a escrever mais, vamo ?!

    =*

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  2. Bem, citar beatles por si só já dá pra convecer muita gente de muita coisa, mas gostei do 'sinto, logo sou'. Já paraste pra pensar que as vezes o nosso maior medo é, na verdade, de as coisas darem certo? Porque de um jeito ou de outro, pro fracasso a gente já está meio preparado...

    tudo que vc precisa é amor e um pouco de sorte ;)

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  3. Olá meu caro,

    Achei muito interessante seus textos, não fosse o fato de que pouco do que você fala é o que você faz!(E quando eu falo de você falo de um mundo. Sim, pois já vi um mundo de pessoas que já falaram o mesmo, até mesmo eu me encaixo aí! Afinal: não há nada que se diga que não possa ser ou já fora dito.)

    Desistir de compreender o ser humano? Vejo isso como um erro elementar de uma leitura superficial do que nos diziam os filósofos (eu poderia dizer que seja até mesmo um erro deles, mas devo confessar: eu acredito na filosofia, e isso me dá o poder de questioná-la). Acredito que desistir de compreender o ser humano é se anular enquanto ser humano, se não sei o que sou me contento em poder especular minhas possibilidades,e através delas tenho o mundo em minhas mãos, pois o mundo faz parte de mim assim como eu o componho, e eu sei que ele é vários pois nem eu posso ser o mesmo.

    Acredito que exista uma saída para essa tal "impossibilidade" de compreensão do homem e do mundo, Qual e Aonde, eu não sei, mas acho que se nos preocupássemos menos em julgar e tentar definir as pessoas estaríamos mais perto de uma compreensão razoável seja lá do que for. Como você mesmo disse: não somos cálculos, nada nem ninguém pode dizer o que somos, pois nunca somos o mesmo, estamos em eterna transformação, e talvez seja simplesmente isso que nós somos, e para isso não se necessita explicação, como bem colocou esta escritora genial, Clarice Lispector: Eu é.

    Acho que até já me estendi bastante para algo que seria apenas um comentário, então encerro por aqui!

    Um grande abraço, e sucesso!

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