quarta-feira, 28 de abril de 2010

O meu fado.

   Depois de inúmeras garrafas de vinho, percebo que não se pode fugir de si mesmo por muito tempo, na verdade, eu sempre soube que isso é um feito inalcansável. No meio do meu caminho haviam várias pedras, aliás, ainda existem muitas delas. Pulo sobre algumas delas, de outras somente desvio, algumas guardo no bolso e levo comigo, algumas tento chutar, sem sucesso, acabo machucando meus pés. Aproveitando pra falar do cara que se escondia atrás dos óculos e do bigode, sei que quando eu nascí veio um anjo torto desses que vivem na sombra e disse:
-Vai Evi, ser gauche na vida.
   Bem, é o que tenho feito há quase 22 anos, porém o meu disfarce é menos sutil:  roupas pretas e cabelos caídos pelo rosto.

domingo, 25 de abril de 2010

Folha ao vento.

   Existem momentos em que você percebe que as pessoas nem sempre se importam com você como você se importa com elas, Shakspeare há muitos séculos atrás já dizia isso, mas é importante que você aprenda a superar isso, aprenda a cair, a levantar, a chorar, a sorrir; sim, como em uma canção da Alanis Morissette, acredite: You learn! Com o tempo você descobre que é de muito mais valia  acreditar em você mesmo e se amar, antes de amar alguém. Talvez, como o tempo, todos nós descobriremos, ou pelo menos deveriamos perceber, que o tempo é como uma folha que cai e sentimentos são como o pôr do sol, nascem e morrem, assim como em um poema de Florbela Espanca.