sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sol do Esquecimento.

Na ilha, alheio a tudo, os dias se estendem como se fossem anos, as lembranças são distorcidas e as horas, às vezes, se confundem com dias inteiros. Aqui é verão durante todo o ano e a estação solar parou o tempo em um quadro morno e agonizante, as folhas não caem e as águas do rio se repetem como em um perpétuo ciclo de lamentações. A respiração é ofegante e sob o ardor do sol até o ar parece dilacerar meus pulmões em sua cólera. A essa altura, a imensidão do céu se confunde com o infinito de minha mente e as ruas vazias são como grilhões capazes de enclausurar até mesmo o mais livre dos espíritos... Vagar sozinho... Nas praias não há beleza em parte alguma, há apenas o esquecimento.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Feliz dia mundial do Rock!

Através da história podemos perceber que a sociedade sempre elegeu seu líderes, pois é inerente da natureza humana a necessidade de ser guiada por alguém. Também é impressionante o fato de que, muitas vezes, uma voz é capaz de representar todo um povo, toda uma nação, toda uma tribo; através das últimas décadas varias vozes foram capazes de impulsionar milhares de pessoas ao redor do mundo, como os gritos de yeah yeah yeah, dos quatro garotos de Liverpool, até os clamores estrondosos por uma sociedade anárquica, ou mesmo, o mais sublime e melancólico canto lírico, capaz de traduzir toda a inquietude e descontentamento de uma geração. Os anos passam, os anseios e os problemas da condição humana se transformam, a bandeira, que antes era negra, passou a ganhar cores; tribos surgiram e outras desapareceram, como em um jogo geo-político, contudo, as guitarras continuam as mesmas: os melhores instrumentos para garantir a liberdade de expressão individual, ou coletiva, da sociedade moderna. Feliz dia mundial do Rock’n Roll.

sábado, 3 de julho de 2010

Os Primeiros dias de Sol...

Eis que os dias passam e mais uma vez canto meus versos, contudo estes são de vinte dois anos, versos que me levam a um outro tempo, outro lugar,bem longe de mim. Lá, talvez eu possa ver em alguém um belo horizonte talvez uma direção pra seguir. Na rua que corre não há ninguém como eu, em meu caminho os primeiros dias de sol são os mais duros, talvez seja o cansaço, talvez seja a ausência, talvez sejam as cores ou talvez seja outro de mim...